domingo, 7 de junho de 2015

Resenha #14 | Rainha da Pedra do Reino?, por Kelly Danelon


Título: Rainha da Pedra do Reino?
Autor: Kelly Danelon
Páginas: 371
Editora: Equilíbrio
ISBN: 978-85-61237-59-2


Sinopse: Manuela Levi é uma jovem psicóloga que abandona a vida frenética de São Paulo após ser pedida em casamento para abrir um consultório no interior do estado. Em Piracicaba, sua cidade natal, ela acreditava que encontraria paz e respostas para a sua insegurança. Ela conhece Roberta, Uma moça de dezoito anos cheia de vida e intrometida que se convida para trabalhar na clínica como sua secretária. Auxiliada por Roberta e pela terapeuta Rosa, Manuela tenta entender os porquês dos seus medos. Em meio ais mitos e ao Complexo de Electra abordado pela Psicologia, Manuela se descobre como um ser cheio de tormentas e fantasias, as quais poderão enlouquecê-la caso ela não se torne a Rainha do seu inconsciente e do seu pecado, equilibrando as três forças representadas pelo tridente: autoconservação, espiritualidade e sexualidade.

Confesso que Rainha da Pedra do Reino? me surpreendeu. Ao ler a sinopse, achei que seria um livro sobre o dia-a-dia de uma garotinha rica que decidiu contrariar os pais e virar psicóloga. Mas não. Ele me surpreendeu por de fato relatar o que disse e, além disso, ser muito complexo, ao mesmo tempo em que possui uma escrita tão suave. (Com "complexo" não me refiro a uma história complicada e chata, mas sim com vários acontecimentos cotidianos ao mesmo tempo).

A narração já começa num momento crítico: Manuela e Giovani bigando por ela ter recusado o seu pedido de casamento. Ela decide que quer viver a própria vida, traçar as próprias metas e vencer os próprios desafios; ele quer jogar num time da Espanha e levar Manu como sua esposa. O empasse não demora para ter fim: o casal rompe o namoro e cada um vai para um canto.

Em seguida nos deparamos com um segundo momento crítico: Manuela sendo feita refém em sua própria clínica. O homem venda seus olhos e causa um terror psicológico filho da mãe. Manu apanha, desmaia, bebe coisas estranhas com gostos horríveis, é amarrada, apanha novamente, desmaia mais uma vez... As cenas são tão bem detalhadas que cheguei a me sentir incomodada.

No capítulo seguinte somos transportados para o dia em que Manuela termina os últimos ajustes para a inauguração da clínica. É aí que conhecemos Roberta, a secretária e melhor amiga da psicóloga. Roberta tem um jeito extrovertido e espontâneo de ser. Alguns dos pontos fortes dela são ser sempre muito curiosa e tagarela, não parar de fazer perguntas... E ter um fascínio cômico pelo divã do lugar.

A partir daqui não posso mais falar nada sem dar algum spoiler, e isso foi o que mais odiei nesse livro. Como conversar sobre ele sem soltar alguma informação importante? Arg! Mas, tirando esse pequeno detalhe, é ótimo.

Ah! As únicas coisas que posso adiantar são: Manuela conhecerá a família de Roberta e isso irá gerar um problema enorme; Manu será como uma "fonte de inspiração" para a amiga; Giovani aparecerá em mil momentos da vida da psicóloga; Roberta fará você rolar de tanto rir; e por último, mas não menos importante: o amor de Manu por café chega a ser irritante (acho que rimei).


"Af Bia, por que só três xícaras se você falou tão bem do livro?" Ué, é simples: porque esse gênero não é o meu favorito. A história é realmente ótima e eu recomendo muito, mas recomendo para quem goste de romance e psicologia social ;D


(letra e tradução)

Não esqueçam de conferir a entrevista que fizemos com a autora! É só clicar aqui.

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